Um rio que desce em correnteza
me leva solto e busco uma clareira
Nas margens de uma mata ciliar
desespero por um pedaço de areia.
Quase afogo quando o claro se adianta
já não penso e alcanço o meu oásis
já respiro com mais tranquilidade
me agarro em um toco que encanta.
E la fico ate o entardecer
e o rio continua onipotente
Suas curvas levam o fluxo de um ser
que não vê o horizonte em sua frente.
Com frio passo dias contraído
e não largo o pedaço de abrigo
a clareira que antes era aviso
ofusca a clareza do momento.
O rio segue impávido, desinibido
leva outros que se lançam com coragem
vejo rostos que não focam na paisagem
de um passado que se mostra inimigo.
Miro o céu e aparo a lágrima da criança
que rasga o rosto como estrela cadente
olho o chão que suporta o ser carente
Me pergunto se estou salvo ou perdido.
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